No
dia 27 de maio (terça-feira), conhecemos outra cidade pitoresca com centro
histórico de ruas estreitas e, o mais interessante, repleta de túneis
subterrâneos transitáveis de carros, ônibus e pessoas.
Um
pouco de história: o Rio Guanajuato costumava correr debaixo da cidade e, com
frequência, era a causa das inundações nas ruas, especialmente durante a
temporada de chuvas. Em meados do século 20, os engenheiros construíram uma
represa para redirecionar o rio para as cavernas subterrâneas e assim diminuir
as inundações. Mais adiante, essa rede de túneis subterrâneos foi transformada
em “ruas” para desafogar o trânsito da cidade. Essas estão pavimentadas com
paralelepípedos e estão bem iluminadas, possuem interseções, eixos
transversais, e inclusive calçadas. A organização dos túneis assemelha-se ao do
sistema de metrô na cidade. De fato, várias rotas locais de ônibus públicos
correm debaixo da terra. Há escadas de pedra que conduzem desde o nível da rua
até os túneis subterrâneos, oferecendo aos pedestres uma alternativa ao
labirinto de becos que chegam ao centro histórico.
Deixamos
nossos carros no estacionamento da antiga estação ferroviária, ora desativada,
e contratamos passeio de van, guiado pelos Alejandros (motorista e guia). Antes, um passeio a pé.
Conhecendo a cidade...
O passeio em si não agradou muito. Mas, duas coisas valeram a pena: a passagem nos túneis e o Museo de las Momias de Guanajuato.
Esse
museu abriga diversos exemplares de múmias em ótimo estado de conservação.
Segundo dizem, elas não sofreram nenhum processo de embalsamento, como as
famosas egípcias, e se mantiveram assim, pois se desidrataram devido ao
material higroscópico com que as sepulturas foram feitas. Tem homem, mulher,
criança, bebê e feto – esse último intitulado “a menor múmia do mundo”-,
vestidos ou não. Visitação mórbida, mas interessante!
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